RESUMO:
O setor industrial pesqueiro
cabofriense se encontra numa região privilegiada da costa brasileira devido a ressurgência,
mesmo assim vem enfrentando problemas de competitividade, acarretando dificuldades
de oferta e agregado de valor.
O Inventário Estatístico ictiológico das espécies de valor comercial, associado
às áreas de ocorrência é uma ferramenta de na tomada de decisão do que
pescar, onde pescar e quando pesca, auxiliando na sustentabilidade dos estoques,
identificação das áreas de pesca (quadrantes de ocorrência) e das espécies
principais, secundárias e acompanhantes com seus respectivos índices de
Abundância Relativa e de Distribuição Temporal.
A composição da Mistura pescada pela Frota do Estuário do Rio São João foi
realizado mediante fracionamento das
coletas semanais de mistura com a separação das espécies e pesagem de cada uma
delas, na praia do estuário no período de Fevereiro de 2007 a Janeiro de 2008,
com 48 embarcações, que representam 60% da frota pesqueira que comercializa o
seu próprio pescado, diariamente na praia.
Utilizou-se como metodologia o modelo
censitário com mapas de bordo (COPPE/UFRJ). Para a sua composição aplicou-se o
modelo proposto por Pimenta et alls,2001, onde as linhas limítrofes de
cada quadrante oceânico coincidem com as marcações cartográficas longitude e
latitude, de forma abrangente, entre um grau e outro destas coordenadas, 60 milhas náuticas de
área total, que são subdividas até uma fração mínima de 10 milhas náuticas.
O
Segundo Distrito da cidade de Cabo Frio (Tamoios) tem uma realidade marcada por
uma grande extensão de terra dividida em uma parte rural e outra com litoral, e
a composição da Mistura foi realizado com a frota do Estuário do Rio São João
que pesca na foz do Rio São João com um trecho do mar dos municípios de Cabo
Frio, Casemiro de Abreu, Rio das Ostras e Armação de Búzios, aonde se realiza
70%/80% da pesca artesanal / comercial, mesmo estando em uma região
privilegiada da costa brasileira devido à ocorrência do fenômeno da
ressurgência, fenômeno esse que favorece a biodiversidade. O setor industrial
pesqueiro cabofriense vem enfrentando problemas de competitividade, acarretando
dificuldades de oferta e agregado de valor.
A pesca realizada na região do estuário é
considerada artesanal / comercial por ser feita de forma simples e sem nenhuma
tecnologia, com os barcos saindo ao entardecer e deixando as redes de espera que são fixadas ao fundo do
mar pôr âncoras e bóias e ao amanhecer são recolhidos, assim os barcos
dificilmente ficam mais que um dia ocupados com a pesca. A rede de arrasto é utilizada geralmente na
ida e na volta da colocação e no recolhimento da rede de espera e serve para capturar
camarão e pequenos peixes.
Os barcos em sua grande maioria são pequenas traineiras, não
ultrapassando 10,0 metros de comprimento, equipados com rede de espera e de
arrasto, geralmente cada traineira tem
de 10 a
20 redes de espera (cada uma medindo de 60 a 100m de comprimento com uma malha variando
de 30 a 60 mm de diâmetro) e uma de
arrasto (que mede de 8m a 12 m de comprimento com uma boca de 2,0m).
Obs: Para mais informações e ter o trabalho completo só entrar em contato
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